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A importância da inteligência emocional no desenvolvimento das soft skills

Nos dias de hoje, muito se fala sobre a importância das soft skills e competências sociomencionais, no ambiente corporativo e educacional. No entanto, há uma compreensão limitada sobre a base essencial para o desenvolvimento dessas habilidades: a inteligência emocional. Como Daniel Goleman afirma em seu livro Inteligência Emocional (1995), “a competência emocional pode ser tão importante quanto o QI para o sucesso profissional e pessoal”.

A inteligência emocional abrange competências como autoconsciência, controle emocional, automotivação, leitura emocional, empatia e habilidades sociais – todas elas essenciais para qualquer soft skill. Sem uma base sólida nessas competências emocionais, é difícil aplicar de forma eficaz qualquer treinamento específico.

Muitos profissionais e empresas ainda não percebem que, para desenvolver competências como liderança, comunicação eficaz e resolução de conflitos, é fundamental primeiro cultivar as competências de inteligência emocional. Para que treinamentos focados em comunicação, liderança ou outras soft skills sejam realmente eficazes, é imprescindível que as empresas e os profissionais priorizem o desenvolvimento dessas competências emocionais. Assim, cria-se uma base sólida que permite a aplicação eficaz de qualquer soft skill.

Lembro de um cliente que solicitou treinamento em comunicação não agressiva para os colaboradores de sua empresa em algumas aulas. Procurei orientá-lo que para alcançarmos o objetivo, que era estabalecer uma melhor comunicação e relacionamento, não resolvia apenas apresentar conceitos e técnicas de comunicação não agressiva, por que se eles não fossem treinados para gerenciar suas emoções, ter mais empatia e percepção do outro durante as interações ou situações de conflito, de nada adiantaria porque não conseguiriam aplicar. Somente trabalhando as competências da inteligência emocional, os colaboradores serua caoazer de colocar em prática a comunicação desejada.

O mesmo se aplica a soft skills como liderança, resiliência, proatividade, negoviação, oratória, etc.

Essa relação entre inteligência emocional e soft skills é corroborada por estudos, como o de Bradberry e Greaves (2009), que mostraram em Emotional Intelligence 2.0 que 90% dos profissionais de alta performance têm níveis elevados de inteligência emocional. Além disso, a Organização Mundial do Trabalho (OMT) identificou em 2020 que competências como empatia e resolução de conflitos estão entre as mais demandadas no mercado global.

O Fórum Econômico Mundial, em seu relatório The Future of Jobs (2020), destacou que habilidades como inteligência emocional, resolução de problemas complexos, pensamento crítico, criatividade, empatia e liderança estão entre as mais essenciais para os profissionais do futuro. Essas soft skills são vistas como indispensáveis em um mundo cada vez mais dinâmico e digitalizado, onde o trabalho colaborativo e a capacidade de adaptação são cruciais.

Para que treinamentos focados em comunicação, liderança ou outras soft skills sejam realmente eficazes, é imprescindível que as empresas e os profissionais priorizem o desenvolvimento dessas competências emocionais. Assim, cria-se uma base sólida que permite a aplicação eficaz de qualquer soft skill. Portanto, é essencial reconhecer que as soft skills não são apenas habilidades isoladas, mas o resultado de uma inteligência emocional bem desenvolvida.

Referências

  • Goleman, D. (1995). Inteligência Emocional. Bantam Books.
  • Bradberry, T., & Greaves, J. (2009). Emotional Intelligence 2.0. TalentSmart.
  • Organização Mundial do Trabalho (2020). Relatório de Habilidades Globais.

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