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Você sabe a diferença entre sentimentos e emoções e como isso influencia a Inteligência Emocional?

Você sabia que sentimentos e emoções, embora frequentemente confundidos, são processos distintos que desempenham papéis essenciais na forma como percebemos o mundo e reagimos a ele? Compreender essa interação é um passo crucial para desenvolver a inteligência emocional, uma capacidade humana indispensável tanto para o crescimento pessoal quanto para o sucesso no ambiente corporativo. Além disso, é a base para aprimorar soft skills, como empatia, resiliência, comunicação assertiva e liderança, cada vez mais valorizadas por empresas que investem em seus colaboradores.

Diferenças Fundamentais entre Sentimentos e Emoções

Antes de avançarmos, é importante entender o que diferencia sentimentos de emoções. Ambos estão conectados, mas possuem naturezas e funções distintas. A psicóloga Lisa Feldman Barrett, no livro How Emotions Are Made, explica:
“Os sentimentos são experiências mentais subjetivas que ajudam a moldar o que percebemos e como respondemos, enquanto as emoções são construções mais complexas, que incorporam reações fisiológicas.”

Resumindo:

  • Sentimentos: São avaliações internas daquilo que experimentamos. Eles surgem de interpretações conscientes ou inconscientes e geralmente não causam mudanças físicas no corpo.
  • Emoções: São reações intensas que frequentemente provocam alterações corporais, como aumento da frequência cardíaca, tensão muscular ou liberação de hormônios como a adrenalina. Elas preparam o corpo para agir em resposta ao estímulo.

Essa distinção é essencial, como aponta Carl Jung:
“Os sentimentos são instrumentos de valoração, enquanto as emoções são manifestações energéticas ligadas às respostas do organismo.” (Tipos Psicológicos).

Sentimentos como Precursores das Emoções

De acordo com o sentimento gerado, uma emoção específica pode se manifestar. Eles fornecem uma interpretação inicial de uma experiência, que pode ou não evoluir para uma resposta emocional.

Exemplo prático:
Imagine que você percebe que alguém não respondeu a uma mensagem importante. O sentimento inicial pode ser de desvalorização, mas a emoção que se segue pode variar: tristeza, raiva, medo e ansiedade, por exemplo, dependendo de como a situação foi interpretada.

Além disso, as emoções desencadeadas frequentemente geram novos sentimentos. Por exemplo, sentir insegurança pode conduzir ao medo, que pode ao sentimento de insatisfação, ou falta de controle. O sentimento que surgirá dependerá da visão de mundo do indivíduo.

A Relevância para o Desenvolvimento da Inteligência Emocional e das Soft Skills

A compreensão dessa interação dinâmica entre sentimentos está na base do autoconhecimento emocional, que é pré-requisito para o controle emocional, ambas competências principais da inteligência emocional.

A inteligência emocional é um dos pilares para desenvolver soft skills, como empatia, resiliência, resolução de conflitos e comunicação eficaz.

Para profissionais e empresas, essas habilidades são diferenciais estratégicos. Elas criam um ambiente emocionalmente equilibrado e aumentam a colaboração e a produtividade.

Como destaca Lisa Feldman Barrett, “as emoções são construídas com base em experiências subjetivas, crenças e contextos.” Entender essa dinâmica permite que empresas personalizem treinamentos, desenvolvendo colaboradores que saibam lidar com seus próprios sentimentos, emoções e com os das pessoas ao seu redor, promovendo equipes mais conectadas e resilientes.

Conclusão

Ao distinguir sentimentos de emoções e entender como essas funções psíquicas se conectam, você passa a dispor da possibilidade de gerenciar suas reações, com a devida prática, e ainda a habilidade de interpretar o mundo com mais clareza e equilíbrio.

Para empresas, esse entendimento representa uma oportunidade de transformar o comportamento de seus colaboradores, promovendo suas soft skills e criando um ambiente emocionalmente inteligente, alinhado às demandas do século XXI.

Investir no desenvolvimento da inteligência emocional, seja individualmente ou por meio de treinamentos, é mais do que uma tendência – é uma necessidade para quem deseja prosperar em um mundo cada vez mais complexo e interconectado.

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